quarta-feira, 20 de junho de 2007

Internet sub-utilizada

Umas das melhores invenções do homem foi à internet, mas será que utilizamos todos os recursos que ela pode nos oferecer? Será que não podemos inventar ou elaborar mais ferramentas para utilizar utilizarmos os recursos de uma forma que nos agregue realmente valor?
A internet está sendo em muitos casos sub-utilizada. Estamos ainda engatinhando como crianças, neste quesito.
Existem várias tipos de ferramentas para utilizarmos a internet. O famoso “www” é um dos tipos de ferramentas. O e-mail, skype e ftp são outros tipos de ferramentas, mas geralmente utilizamos mais o e-mail e o “www” para fazermos algo mais “complexo”. Mesmo assim, estas ferramentas são utilizadas para fins que pouco valor agregam a nossa vida, sendo mais uma diversão ou passa tempo.
Exemplos: Pornografia – sites, arquivos, programas, etc para masturbadores que não conseguem ter uma relação com outro ser humano. Até parece uma sociedade de “losers”; Bate-papo – saímos da carta e do telefone e fomos para o computador. Nossa que ótimo, agora podemos interagir com várias pessoas ao mesmo tempo etc. Mas quanto dessas conversas seria agregadoras? Alguns clientes e fornecedores de mercadorias e serviços utiliza-se deste mecanismo para realmente trabalhar e gerar negócios. Acho que esta coisa ainda tem salvação; E-mail – Das mensagens que recebemos, quantas realmente são úteis? Vide os mecanismos para identificar e-mails indesejados, na qual tem o objetivo de diminuir a nossa caixa postal com lixo eletrônico. Muitos arquivos fúteis são enviados e recebidos a todo instante. Será que somos uma geração de pessoas fúteis?
Quem utiliza desses meios pra efetuar algo agregador? Quantas pessoas acessam sites que realmente contribuam para alguma coisa útil? Quantas pessoas (física ou jurídica) utilizam-se do e-commerce? As coisas estão começando andar, espero.
Quantas vezes você já procurou alguma informação sobre degradação do meio-ambiente e os métodos a serem utilizados pelas empresas, cidadãos, governos para deixarmos o planeta menos inabitável? Quantas vezes você já procurou saber o que é necessário para diminuirmos a desigualdade social? Se você é uma pessoa que não pensa pelo menos um pouco nestes dois meros exemplos, me desculpe, mas você está sub-utilizando os meios de informação, o seu cérebro e permanecendo uma pessoa extremamente passiva. A internet não é interação? Só se for interação com a futilidade.
Não estou afirmando que não existe uma interação agregadora de valores e conhecimentos, o que existe hoje, é uma sub-utilização desta ferramenta. Se você realmente refletir, a internet não é tão interativa, como todos dizem. Podemos melhorar esta interatividade para gerarmos realmente algum beneficio para o nosso mundo.

sábado, 16 de junho de 2007

EARTH INTRUDERS - Bjork' song

Bjork é diferente e inteligente e nada mais digno da minha parte, colocar esta letra do último disco dela "Volta" para refletirmos sobre uns assuntos. Logo após a letra em inglês, segue a tradução da mesma. Assita o vídeo desta música no endereço: http://www.youtube.com/watch?v=wioa74MsBYA
EARTH INTRUDERS
we are the earth
intruderswe are the earth intruders
muddy with twigs and branches
turmoil! carnage!
here come the earth intruders
we are the paratroopers
stampede of sharpshooters
come straight from voodoo
with our feet thumping
with our feet marching
grinding skeptics into the soil
shower of goodnes
scoming to end the doubt pouring over
shower of goodness coming to end
we are the earth intruders
we are the sharp shootersflock of parashooters
necessary voodoo
I have guided my bones
through some voltage
and loved them still
and loved them too
metallic carnage!
feriocity!
feel the speed!
we are the earth intruders
we are the sharp shooters
flock of parashooters
necessary voodoo
there is turmoil out there
carnage! rambling!
what is to do but dig
dig bones out of earth
mudgraves! timber!
morbid trenches!
here come the earth intruders
stampede of resistance
we are the canoneers
necessary voodoo
and the beast
with many heads
and arms rolling
steamroller!
we are the earth intruders
we are the earth intruder
smuddy with twigs and branches
(forgive this tribe)
we are the earth intruders
we are the earth intruders
muddy with twigs and branches
we are the earth intruder
smuddy with twigs and branches
we are the earth intruders
we are the earth intruders
muddy with twigs and branches
marching
we are the earth intruders
muddy with twigs and branches
marching
march
march
march

Invasores de terra
Somos os invasores de terra
Somos os invasores de terra
Enlameados com ramos e galhos
Tumulto, carnificina
Aqui vão os invasores de terra
Somos os pára-quedistas
O toque dos atiradores certeiros vem dos vudus.
Banho de bondade
Vindo para esvaziar a dúvida que transborda
Banho de bondade vindo para acabar!
Nós somos os invasores de terra
Nós somos os atiradores certeiros
Time de pára-quedistas, vudus necessários
Eu tenho guiado meus ossos,
Por certas voltagens e ainda os amo,
E os amo também
Carnificina metálica...
ferocidade...
sinta a velocidade!
Nós somos os invasores de terra
Nós somos os atiradores certeiros
Time de pára-quedistas, vudus necessários
Acabar com isso? Tumulto lá fora!
Carnificina! Tremores
O que se pode fazer, além de cavar, retirar ossos dos túmulos de lama,
tronco de madeira, fosso mórbido...
Aqui vêm os invasores de terra, não haverá resistência.
Nós somos os canonizadores, vudus necessários
Nós somos os invasores de terra, nós somos os invasores de terra
Enlameados com ramos e galhos
Perdoe-nos pelo ataque surpresa
Nós somos os invasores de terra, enlameados com ramos e galhos
Nós somos os invasores de terra
Nós somos os invasores de terra, enlameados com ramos e galhos... marchando...
Nós somos os invasores de terra, enlameados com ramos e galhos... marchando...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Patologia Corporativa

Durante os últimos anos pensei que o trabalho além de nos trazer dinheiro, status, conforto, satisfação, também nos traria amigos. Em partes, engano meu. De muitas pessoas que conheci durante os últimos cinco anos, apenas poucos posso considerar como realmente um amigo. Sei que cada um tem uma definição para amizade, mas no geral os humanos possuem conceitos semelhantes, ou seja, a amizade seria um convívio com outro ser humano na qual você poderia confiar, poderia ter o apoio nos bons momentos, nos maus momentos da vida, nos momentos transitórios e duvidosos, poderia ter uma relação de troca de conhecimentos etc.
O que encontramos hoje em dia, na maioria das vezes são pessoas interdependentes de alguma forma, na estrutura familiar, corporativa, social e não propriamente uma amizade. Enfocarei mais o lado corporativo neste texto, uma vez que neste caso você é obrigado a se relacionar com todas as pessoas que fazem parte deste ciclo.
Pois bem, entre os amigos e as pessoas interdependentes existe uma diferença enorme, mas algumas pessoas não possuem noção de tal fato e pensam que é a mesma coisa.
No mundo corporativo existem pessoas na qual se passam como “amigos” só para deixar a vida delas menos desprezível ou para tirar proveito de algo.
No meu ponto de vista, estas pessoas são colegas de trabalho na qual não possuem uma vida social descente ou são predadores corporativos, que almejam alcançar uma posição de destaque nas corporações e os ditos “amigos” que essas pessoas possuem, servem de escada até o topo de suas ambições, sendo tratadas apenas como peça de um jogo.
Ou seja, essas pessoas usam as outras como marionetes do joguinho barato da escalada até o topo da carreira corporativa.
Agora, eu me pergunto aonde foi para a ética de pessoas desta estirpe? Pessoas com esta índole são extremamente danosas à sociedade em geral. Será que podemos considerar como psicopatas corporativos?
Durante esses anos, conheci várias pessoas com o mínimo de ética possível, na qual fazem muitas barbaridades para continuarem sua jornada ao estrelado corporativo. Conheci pessoas que vendem o corpo, a ética, a dignidade, a decência etc. Pessoas que levam uma vidinha ridícula na qual deveriam no mínimo perder o direito a uma vida digna socialmente.
Encontrei também, durante esses anos, pessoas tão fiéis ao trabalho que fariam qualquer coisa pelo esplendoroso emprego. Acho que nestes casos, um tratamento psicológico e/ou psiquiátrico seria necessário, uma vez que são meros robôs corporativos. Robocop, R2D2 e C3PO (Stars Wars), entre outros ficariam com inveja, porque sempre o trabalho vem em primeiro lugar e a vida familiar e social são jogadas no lixo, descaracterizando o objetivo de trabalhar. Esquecem de viver a essência e vivem somente a forma.
O pior dos mundos é você infelizmente encontrar uma mistura dos dois tipos descritos acima, ou seja, um robô sem ética. Vocês irão pensar que sou muito radical, mas pessoas destas características deveriam ser eliminadas ou passarem por um processo de tratamento de choque, lobotomia, lavagem cerebral inversa, porque até chegar neste ponto a pessoa deve ter tido muita lavagem cerebral, ou outra forma de reverter este quadro doentio.
Imagina o inferno que essas pessoas fazem no nosso dia a dia. Essas pessoas devem ser evitadas a todo custo.
Os tipos descritos acima são as formas mais comuns de patologias encontradas nas corporações, mas o assunto não acaba aqui. Freqüentemente podemos encontrar subgêneros, mas esta análise deve ficar a cargo de um profissional de psicologia, que possui melhores métodos para estudar profundamente estas carniças sociais.
Se você não tem certeza em qual dos tipos descritos um colega de trabalho se encaixa, analise mais cuidadosamente suas atitudes e as conversas do individuo, porque mais cedo ou mais tarde a máscara cairá.E se um pseudo-amigo de trabalho mudar as atitudes e se afastar de você, comemore. Porque você deixou de ser uma marionete ou vítima desta espécie.
Quando a nossa vida muda, começamos a conhecer que são realmente os amigos e pseudo-amigos. No fundo, tudo se resume a uma única coisa: CAPITAL. Quando o capital estiver acima de tudo, não existe vida social, apenas a busca incessante por dinheiro, status, poder.
As pessoas são muito superficiais.

terça-feira, 12 de junho de 2007

A falsa esperança do crédito de carbono

Hoje em dia, está na moda falar sobre créditos de carbono.O que realmente acontece é que estão transformando a poluição em commodities, sendo que criaram um método para continuar poluindo, sem a culpa de antes.
De acordo com pesquisas sérias, se a humanidade não começar a tomar uma atitude agora, ao invés de gastar milhões de dólares para reduzir a poluição ambiental, depois teremos que gastar bilhões de dólares em um curto espaço de tempo, para tentarmos deixar o planeta ainda habitável.
Esta idéia do crédito de carbono existe desde os tempos do protocolo de Kyoto. No meu ponto de vista isto é um jeito hipócrita de tampar o sol com a peneira.
Se uma empresa ultrapassa a sua cota de emissão de carbono, ela poderá comprar créditos de carbono de outra empresa que não ultrapassou a cota.
O dinheiro desse crédito deverá ser usado para programas de diminuição da poluição, mas será que este dinheiro realmente será usado para este propósito?
Quem sairá ganhando nesta história?
Empresas que poluem demasiadamente, empresas de consultorias etc., mas o meio ambiente sairá perdendo.
Pela lógica, quando existe dois caminhos, duas possibilidades, sempre devemos nos utilizar do caminho, da possibilidade mais simples, sem intermediações. Isto deveria ser aplicado em tudo na vida.
Neste caso qual seria o melhor caminho?
Todas as empresas deveriam reduzir sua emissão de poluentes sem intermédios.
No primeiro momento será custoso, mas será menos custoso do que deixar passar o elefante branco e quando percebermos a tragédia não possuir mais retorno.
Enquanto o capitalismo existir desta forma grotesca, sempre o capital estará em primeiro lugar infelizmente e o resto é simplesmente o resto.
As pessoas não percebem que com o mundo doente, logo não haverá capital. Ou alguém acha que a natureza, o meio ambiente, os recursos naturais são infinitos?


Veja mais detalhes no site abaixo:

http://www.ambientebrasil.com.br/

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Nine Inch Nails e uma nova forma de fazer arte

Irei transcrever abaixo texto publicado no blog Brainstorm #9 , devido a importancia do mesmo para artistas e cabeças pensantes.

NOTA: Brainstorm #9 é um blog sobre publicidade, um dos melhores do Brasil, e publicou esta análise do álbum do Nine Inch Nails, voltada para a "ação" que envolveu o lançamento do álbum; texto interessantíssimo que peço permissão para reproduzir no meu blog.

Segue a análise:

Isso é difícil? Não tem formulinha mágica? Aos olhos de muita gente do mercado parece brincadeira tola de adolescente? Mas funciona, e muito bem. Estou falando da ação que foi orquestrada de forma magistral pela 42 Entertainment para o lançamento do álbum "Year Zero", o último do Nine Inch Nails.

Assim como a própria 42 criou para o lançamento do game "Halo 2" da Microsoft, o "I Love Bees", trata-se de um ARG (Alternate Reality Game) que inclui uma rede de sites, muito mistério, pistas e mínimos detalhes escondidos ao redor do mundo. Obviamente que, e você já deve imaginar, para isso funcionar é preciso falar com as pessoas certas e, principalmente, falar do jeito certo. Afinal, publicidade sempre foi isso e não vai mudar.

Tudo começou com uma camiseta em um show do Nine Inch Nails, no dia 12 de fevereiro de 2007. Fãs descobriram que a nova camiseta da turnê continha letras destacadas, que juntas formavam a frase: "I am trying to believe." Claro que, na era digital, a primeira coisa que alguém tentou fazer foi digitar iamtryingtobelieve.com em algum navegador de internet, e voi lá, um site misterioso que discutia os efeitos de uma droga revolucionária chamada Parepin apareceu.

Isso foi o pontapé inicial para uma longa e elaborada perseguição de gato e rato atrás de pistas para decifrar as inúmeras mensagens criptografadas do ARG. Rapidamente, vários outros sites relacionados, e ainda mais misteriosos, foram encontrados. Todos descrevendo uma visão distópica do mundo 15 anos no futuro, ou então eventos que aconteceram no ano 0000, do mesmo modo que a temática do disco "Year Zero" do NIN.

Dois dias depois, em 14 de fevereiro, foi encontrado um pendrive dentro de um banheiro durante um show da banda em Lisboa, Portugal. O fã que o achou se surpreendeu com o conteúdo: uma mp3 em alta qualidade da música, até então inédita, "My Violent Heart", que em seguida se alastrou rapidamente pela internet. Um pendrive contendo a mesma faixa também foi encontrado em Madri, na Espanha, pouco depois.

E mais: os últimos segundos da música encontrada no dispositivo eram ruídos de estática. Um arquivo com segundos sem som algum? Uma pessoa qualquer ignoraria, mas não um fã da banda e ciente do mistério que estava rolando.

Pois bem, o trecho de estática foi analisado através de um espectrograma, e revelou uma imagem semelhante a um braço se estendendo do céu. Esta imagem foi chamada posteriormente de "The Presence" e esteve presente (com o perdão do trocadilho) tanto no trailer como na capa do disco.

Já em Barcelona, no dia 19 do mesmo mês, um fã encontrou outro pendrive com mais dois arquivos de áudio: um era a música "Me, I'm Not"; o outro era um arquivo mp3 completo de estática.

Submetida a análise com um espectrograma, a faixa revelou nada menos que um número de telefone: 1-216-333-1810. Ao ligar para este número era possível ouvir uma conversa de telefone captada clandestinamente. Além disso, outra camiseta da turnê trazia letras em negrito que formavam outro telefone: 1-310-295-1040. Ligando para o número, era possível escutar um trecho da música "Survivalism".

Para revelar a capa do disco, uma mensagem subliminar foi adicionada a um teaser trailer exibido no mini-site do Year Zero. No vídeo, uma rápida aparição de uma placa rodoviária azul mostrava a mensagem "I am trying to believe" e a imagem "The Presence" distorcida. Além disso, pausando em um frame determinado do teaser, era possível ver a URL yearzero.nin.com/0024, domínio esse que trazia uma imagem nomeada como yearzero_cover.jpg.

Um outro pendrive, encontrado no dia 25 de fevereiro, em Manchester, Inglaterra, continha um arquivo de imagem intitulado "invitation.jpg". No mesmo dia, mais um pendrive foi descoberto, com a música "In This Twilight" e uma imagem do letreiro de Hollywood destruído, que acabou levando os fãs para um site chamado Hollywood in Memoriam.

No dia 3 de março, a música "The Beginning Of The End" tocou "inesperadamente" na rádio KROQ durante a madrugada. E logo após, vazou na internet em mp3 de alta qualidade. No dia 7 do mesmo mês, um outro pendrive encontrado trouxe o clipe da música "Survivalism", vídeo esse que em diversos frames exibia mensagens e URL's criptografadas.

Enquanto o disco ia sendo revelado assim, a conta-gotas, a história ficcional ia sendo contada ao mesmo tempo, envolvendo os Estados Unidos, grupos terroristas, ataques biológicos, governos ditadores, milícias xiitas, etc. Confira a cronologia de toda a história aqui. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência...

No dia 4 de abril de 2007, o disco inteiro foi disponibilizado no site oficial para audição via streaming. A faixa 13, "The Great Destroyer", trazia uma voz computadorizada em determinado trecho. Quando os canais estéreo esquerdo e direito eram combinados em um simples canal mono, a voz dizia as palavras: "red horse vector", levando os fãs ao site redhorsevector.net. Na faixa 14, "Anoter Version Of The Truth", era possível ouvir um código morse que dizia: "grace the teacher", apontando para o site graceteacher.net.

Uma reunião chamada "Art is Resistance" foi marcada em Los Angeles, através do site Open Source Resistance. Os participantes eram convocados a vestir algo para mostrar que faziam parte do movimento. O kit da reunião continha buttons, posters, stencils, bandanas e cerca de 25 cases com telefones celulares pré-pagos, nos quais os participantes recebiam ligações com mais pistas.

Do dia 13 ao dia 25 de abril, o álbum "Year Zero" foi lançado na Europa, Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e Japão. O disco saiu em embalagem digipack, trazendo um adesivo com o número 1-866-445-6580. O CD em si tinha uma de suas faces termocromáticas, que quando aquecida ao ser tocado revelava uma seqüência binária indicando diversas URL's

Finalmente, no dia 27 de abril, os "membros" da "Art is Resistance" receberam ligações automáticas via celular com uma mensagem que indicava a Hour of Arrival (hora da chegada). A ligação marcou o fim do jogo, dizendo "we’ve got to go dark for a while, but that is ok - you don’t need us anymore."

Percebam que foram vários parágrafos até aqui, mas eu não contei e nem detalhei diversas partes desse ARG fantástico. Se tiver interesse, confira toda a timeline da campanha e todos os sites e números de telefone que fizeram parte da história.

No meio de tudo, Trent Reznor ainda comprou briga com a RIAA (Recording Industry Association of America), que o acusou de estar incentivando a pirataria por distribuir música por "meios alternativos". Reznor respondeu: "Os drives USB são simplesmente um mecanismo de carregar música e dados para onde nós quisermos. A mídia CD ficou antiquada e irrelevante. Realmente é dolorosamente óbvio o desejo das pessoas: músicas livres de DRM (Digital Rights Management) com a qual elas podem fazer o que quiserem. Se a gananciosa indústria da música abraçasse essa idéia, eu acredito verdadeiramente que as pessoas pagariam e consumiriam mais música."

Mas Reznor não gosta de chamar o ARG para lançar seu disco de marketing, segundo ele, é mais do que uma mera brincadeira para fazer as pessoas comprarem um disco, é uma experiência para os fãs, uma verdadeira forma de arte.

"Year Zero", assim como diz o nome, é mais um desses novos marcos que temos visto nos últimos tempos, não só na indústria da música, como também na da propaganda. É um grande exemplo da linha tênue que pode existir entre o marketing e o entretenimento, que engaja as pessoas ao invés de incomoda-las, que as conquista antes de vender algo.